De 3 a 9 de novembro:

  • Estou de volta ao Recife. Sai do hotel em Madri às 7h da manhã: frio de 6 graus e ainda escuro. Embarquei às 10h40 (horário de inverno, são 4 horas a mais que no Brasil) e após 8h de um voo super cansativo cheguei no Recife às 15h, onde fui recebida pelos irmãos e irmãs e os 29 graus habituais de calor.
  • Encontrei a casa arrumada, mas tive de botar tudo do meu jeito com uma faxina caprichada, e lavar todas as roupas para tirar o cheiro de guardado de três meses de ausência.
  • Paguei as contas, marquei o dentista e a manicure, e fui buscar meu carro, que ficou guardado na casa de minha irmã, onde tem mais segurança do que no meu prédio.
  • Depois de três meses de Europa o paladar fica “gourmetizado”, né. Resultado: me danei a comprar cogumelos frescos, morangos congelados, salmão, vinho italiano, queijos chics, mexilhão e o escambau. Tudo caro pra dedéu...Pra dar uma equilibrada aterrizei no feijão verde com calabresa, cuscuz, farofa, charque, queijo coalho e todas as gostosuras nordestinas.
  • O primeiro encontro do Clube do Livro , que seria no dia 8, foi pro beleléu: uma pessoa teve de operar o joelho, outra teve de dar aula, outra viajou a trabalho, e outra, ainda, não confirmou presença. Adiamos.
  • Assisti a série “Animal”, na Netflix, sobre um veterinário do campo cheio de dívidas, que acaba trabalhando numa clinica urbana cheia de frescuras, onde tem inúmeras dificuldades de adaptação.
  • Bati minha meta de 550 dias seguidos de estudo de inglês pelo Duolingo. A próxima é alcançar os 700 dias.

Não sou vegana, mas amei o molho à bolonhesa feito por minha filha usando proteína texturizada de soja (PTS), que serve bem com espaguete e com lasanha. Tratei de pegar a receita, que foi adaptada do Food.com. Além de bonito e gostoso o prato é econômico e rápido de fazer: apenas cerca de 30 minutos. A receita serve bem a seis pessoas, usando 500 gramas de massa.

Ingredientes do molho:

2 colheres de sopa de azeite; 1 cebola picada; 1 cenoura em cubos pequenos; 2 dentes de alho picados; 3 colheres de sopa de ervas secas (mistura de manjericão, orégano e tomilho ou alecrim); 1 folha de louro; 1 colher de chá de pimenta calabresa; 1 xícara de proteína de soja seca (não reidratada); 2 ou 3 colheres de sopa de molho de soja; 1 xícara de vinho tinto ou caldo de legumes; 1 lata de extrato de tomate concentrado; 1 lata de 400g de tomates pelados; 1 colher de sopa de páprica defumada.

Preparo do molho:

  1. Em uma panela grande, aqueça o azeite em fogo médio. Adicione a cebola e a cenoura e refogue por cerca de 5 minutos, até a cebola ficar translúcida. Adicione o alho e refogue por mais 1 minuto, até perfumar.
  2. Adicione uma pitada de sal, as ervas secas e a pimenta calabresa. Misture bem. Se a panela parecer seca, coloque mais um pouco de azeite.
  3. Adicione a proteína texturizada de soja, seca, e mexa bastante para envolver todos os ingredientes uniformemente.
  4. Adicione o molho de soja, mexa, adicione o extrato de tomate, mexa, adicione a páprica defumada, mexa.
  5. Adicione o vinho tinto (ou caldo de legumes), mexa e deixe ferver em fogo baixo por cerca de 5 minutos.
  6. Adicione os tomates em lata (amasse com uma colher de pau). Misture bem. Cozinhe em fogo baixo, de 10 a 15 minutos. Está pronto o molho.

Para o espaguete: Cozinhe ao dente e antes de escorrer a massa reserve uma xícara da água do cozimento. Misture a massa com cerca de metade do molho, cobrindo bem todos os fios. Se o molho não estiver cremoso, adicione aos poucos a água reservada, o quanto baste para ficar soltinho e brilhante. Monte os pratos, cubra com o molho restante e finalize com queijo parmesão ralado na hora.

Para a lasanha: Pode acrescentar mais uma lata de molho de tomate ao preparo da carne, para ter uma lasanha bem "molhuda". Amasse o tomate pelado com uma colher de pau. Com a massa cozida (ou a pré-cozida), forre o fundo de uma travessa de molho e faça camadas alternadas de massa, molho e queijo, finalizando com uma de massa. Cubra a última camada com molho bechamel e bastante queijo mussarela e leve ao forno. Bom apetite!

Gente, meu paladar tá ficando mais refinado... aprendi com minha filha a fazer um molho de vinho tinto, que é maravilhoso. A receita original é sueca, ela adaptou aos produtos da Espanha, onde mora, e eu adaptei aos ingredientes do Recife, ora essa. A receita rende 4 porções generosas.

Ingredientes: 1 cebola (branca ou roxa); 1 colher de sopa de manteiga; 1 colher de chá de açúcar; 1 colher de sopa de purê de tomate ou tomate picado); 1 pitada de tomilho seco (ou alecrim ou orégano); 250ml de vinho tinto; 250ml de água; 1 cubo de caldo de carne; 1 colher de chá de amido de milho; Uma pitada de pimenta-do-reino.

Modo de preparo: Pique bem a cebola. Derreta a manteiga e refogue a cebola e o tomilho, junto com açúcar e o purê de tomate. Adicione o vinho tinto e cozinhe em fogo baixo por 5 minutos. Adicione a água e o cubo de caldo de carne. Mexa até o cubo dissolver. Deixe cozinhar por cerca de 15 minutos em fogo médio. Coe o molho para remover os pedaços de cebola e tempere com um pouco de pimenta-do-reino. Despeje de volta na panela. Misture o amido de milho com 1 colher de sopa de água fria e despeje no molho. Mexa até o molho engrossar. Sirva (fica ótimo com carne).

De 27 de outubro a 2 de novembro:

  • Última semana em Valência, hora de preparar a volta para o Recife: Fiz as unhas, as das mãos ficaram razoáveis mas não pude fazer as dos pés, que são encravadas e estão doendo.
    Pintei as sobrancelhas com uma tintura especial (amo meus cabelos brancos, mas as sobrancelhas precisam ser escuras para dar um contraste legal). Comprei presentes para as irmãs e irmão que ficaram zelando por meu carro, meu apartamento e minhas plantas. Eles são incrivelmente prestativos! Organizei os documentos e passaporte e comecei a arrumar a mala.
  • Assistimos o último episódio de “Murders in the Building”. Pena que não tem no Netflix, porque já foi anunciada a sexta temporada, com episódios filmados em Londres.
  • Também assistimos episódios super divertidos de “Seinfeld”. A série é muito antiga, mas continua sendo um ótimo passatempo.
  • Ganhei da minha filha dois cadernos de colorir e caixa de lápis com 36 cores. Os desenhos são incrivelmente detalhados, acho que só termino lá pra 2027 ou 2028...
  • Almocei com minha filha no “Habitual” um menu de degustação. O restaurante tem estrelas Michelin e Repsol. Fica no Mercado Collon, que era um mercado público e foi transformado em centro gastronômico. Depois encontramos uma prima e tios da minha filha, numa vermuteria muito simpática no bairro de Ruzafa.
  • Na sexta-feira de noite os parentes foram comer paella de frutos do mar, feita por minha filha, e conhecer a casa dela em La Canyada. Ela se garante, cozinha muito bem. Tomamos vermute e bastante vinho.
  • No sábado passamos o dia com os parentes, nos despedindo do centro histórico, terminando a noite em frente a "porta de Valência (foto). Foi muito divertido.
  • Eu e minha filha fomos de trem para Madri, porque meu voo para o Recife saiu de lá. Chegamos no domingo, perto do meio-dia. Visitamos o mercado central (amo mercados) e o jardim do palácio real, comemos pintchos e croquetas na Plaza de Espanha e jantamos em um restaurante vietnamita. Depois dormimos no hotel Ópera. Eu embarquei às 10h40 (horário local) e ela voltou de trem para Valência. passeio de despedida, terminando em frente a Porta de Valência

De 20 a 26 de outubro:

  • A sogra de minha filha, voltou para Estocolmo. Eu e Piret ficamos amigas, apesar da barreira da língua: ela só fala sueco e o app de tradução não ajudou; tivemos de apelar para a mímica e o vinho , o que rendeu muitas risadas (foto). Nos despedimos no aeroporto de Valência às 3h30 da madrugada!
  • Preparei salada incluindo sementes de romã, que colhemos em Alborache. Ficou exótica e refrescante, mas não agradou todo mundo.
  • Comecei a ler “O Dossiê Pelicano”, de John Grisham, escrito em 1992, sobre a investigação do assassinato de juízes da corte suprema americana, odiados por extremistas de direita (parece o atual cenário brasileiro, né...)
  • Encontrei um livro de Anton Tchekov em uma “biblioteca” de rua do bairro, em La Canyada, “Del amor y otros relatos” e comecei a ler de imediato. Tchekov é um mestre das narrativas curtas, e eu quero ler mais contos e poesias.
  • Minha filha incluiu no kindle vários livros de autores modernos, a meu pedido. Preciso atualizar meus conhecimentos de literatura.
  • Todo mundo ficou resfriado, com a mudança de temperatura. Tá frio pra caramba!
  • Tentamos muito, mas não conseguimos ver o cometa Lemmon. Agora só daqui a 1300 anos!
  • Mesmo tendo de pagar pra despachar, comprei uma mala de 23kg, linda e resistente, perfeita para viagens longas e de inverno (roupas de frio ocupam mais espaço). Manterei minha mala de 10kg para as viagens curtas.
  • Começamos a assistir a quinta temporada de “Only murders in the building”, com Selena Gomez, Steve Martin e Martim Short. Legendas em inglês para favorecer meu aprendizado.
  • Conclui dois poemas dedicados a meus netos cachorros, Luna e Astro.
  • Comemos Korma, comida indiana no jantar do sábado, e Kagianas, comida grega no café da manhã do domingo, preparadas pela minha talentosa filha, que ama a cozinha internacional.
  • Com chuva e frio, terminamos a semana com o jogo de tabuleiro, Cluedo, e novamente os de 3D, Synth Rider e Ragnarock. Eu e Piret, alegrinhas de vinho, em passeio às margens do Rio Tibre

Depois de tanto desejar, finalmente pude conhecer Roma. Não deu para ir a outras cidades ou regiões da Itália, mas os quatro dias que passamos lá foram bastante intensos e deu pra aproveitar bastante. Não vou falar aqui do poder nem da grandeza imperial, presente nas ruínas arquitetônicas em toda parte, em especial no Coliseu, no Arco de Constantino, no Fórum Romano, nas Termas, no Panteon e em outras áreas, sempre lotadas de turistas.

Quero apenas deixar minhas impressões e dar algumas dicas a quem for para aquelas bandas. A primeira é que o enorme aeroporto fica bem longe, em Fiumicino, e a melhor opção é pegar o trem Leonardo Express até a estação Termini. Se precisar guardar as malas pode escolher um locker, tem vários na cidade e são bastante seguros. Passear pela Avenida dos Imperadores é empolgante, tem estátuas dos ditos cujos, mas prepare-se para disputar espaço com a multidão na Fontana de Trevi: eu só consegui fazer uma selfie que mal dá pra ver um pedacinho da fonte.

No primeiro dia almoçamos pizza romana. A característica é a massa bem fina e apesar do tamanho, que equivale a pizza média brasileira, os pratos são individuais. Éramos um grupo de quatro pessoas, mas para compartilhar a refeição tínhamos de pedir ao menos três pratos.

Ninguém pode deixar de ir ao Trastevere, para almoçar, jantar ou apenas tomar uns drinques e passear nas ruas pitorescas de lá. O bairro é uma eterna festa, sempre com muita gente. Mas para jantar é preciso fazer reserva, ou nada feito. A comida é simplesmente fantástica, seja qual for a massa (pasta) que se peça, e as porções são generosas. Experimentamos quatro das massas principais: carbonara, amatriciana (bastante molho de tomate), cacio e pepe (queijo e pimenta) e gricia (contém bochecha de porco). As entradas e sobremesas são maravilhosas e não pode faltar um vinho italiano.

Um passeio com paisagens lindas, para fazer ao sol, é percorrendo as margens do rio Tibre (foto). Fizemos a caminhada depois de conhecer a “Boca da Verdade” (Bocca della Veritá), uma antiga máscara de mármore de 1,75m, colocada na parede da Igreja de Santa Maria em Comedin, construída em 1632, sobre as ruínas do Templo de Hércules. Não se sabe para que servia a tal boca (foto), mas a lenda urbana é que ela morde a mão de quem mente. As pessoas formam filas enormes para serem fotografadas com a mão na boca...

Não se pode deixar de provar a “pizza al taglio” (fatia), uma delícia com status de comida de rua; os sorvetes (gelato), o tiramissu de sobremesa, e os fantásticos sanduíches (panini) do Pane e Salame, perto da Fontana de Trevi, com ótimos preços, que substituem um almoço. Roma deixou saudades. passeio pelas margens do rio Tibre Boca da verdade

De 15 a 19 de outubro:

  • Voltamos de Roma e organizamos a casa: faxina, roupas pra lavar, trocar lençóis e fronhas etc. Ainda sob total influência da culinária italiana comemos bruscheta e pizza, olhando as fotos, rememorando as histórias mais engraçadas e tomando vinho.
  • Minha filha e meu genro foram buscar os cachorros no hotelzinho onde passaram seis dias, nas montanhas. Lá estava muito frio, Astro tem artrose e sentiu dores nas patas. Chegaram exaustos e passaram o dia dormindo.
  • Resolvi fundar um Clube de Leitura. Convidei seis amigas para participar, e cinco aceitaram. O primeiro encontro será no dia 8 de novembro, pra todas se conhecerem e definirmos a dinâmica do grupo. Cada uma deve sugerir três livros, para iniciarmos um calendário de leitura.
  • Pela primeira vez na vida eu preparei salmão. Fiz no forno, com batata-doce assada e salada oriental de repolho e cenoura. Ficou ótimo. Eu pensava que o salmão era um peixe difícil de preparar, mas estava enganada.
  • Pedi a minha filha para incluir área de comentários neste blog, porque quero interagir com as pessoas (apesar do risco de ser inundado por anúncios), e finalmente ela concordou.
  • Fomos de carro até a cidade de Buñol. Levamos Luna mas deixamos Astro porque ele não tem mais condições de fazer passeios longos. Lá tem um pequeno castelo, mas sem atrativos nem banheiro, não compensa o esforço da subida. Depois seguimos até Alborache, para fazer a Rota dos Moinhos, mas a tragédia das chuvas em 2024 destruiu tudo e a reconstrução da paisagem está sendo lentíssima. No caminho de volta encontramos muitos pés de romã e colhemos algumas.
  • Encerramos o domingo jogando Synth Rider (muito divertido, com realidade virtual) depois comemos raclete, tomando vinho.

De 11 a 14 de outubro (resumo de viagem)

  • PRIMEIRO DIA, sábado: Chegada no aeroporto Fiumicino, às 8h10. Tomamos o trem Leonardo Express para o centro, deixamos as malas num locker e começamos a bater perna. Almoçamos perto da Fontana de Trevi (pizza e vinho). Resgatamos as malas e fomos para nossa hospedagem, em um bairro simpático, bem distante, quando descobrimos que a estação do metrô, pertinho de casa, estava em reforma. Por isso, pra qualquer lugar tínhamos de pegar dois ônibus. Jantamos no restaurante Rione13, no Trastevere, bairro sempre em festa. Comida deliciosa (massas e vinho, é claro).

  • SEGUNDO DIA, domingo: Café da manhã em cafeteria local (amei o capuccino, com bastante creme de nata). Tomamos o ônibus MC3 e depois o 51Express até a “Boca da Verdade”, onde evitamos a fila gigantesca para fazer foto, porque não vale a pena. Passeamos à margem do rio Tibre, com paisagens lindas (foto) e almoçamos na Osteria Cacio e Pepe, no Trastevere, onde dois Cuba Libre muito fortes me deixaram bem “alegrinha”. O passeio nos levou ao Bacco, um bar de vinhos, onde fomos atendidos por um garçom iraniano muito simpático. Pertinho comemos pizza “al taglio” (em fatias). Caminhamos por ruas lindas; jantamos e fomos até a Piazza Navona, antes de voltar pra casa.

  • TERCEIRO DIA, segunda-feira: Café da manhã com sanduíches ótimos, numa cafeteria do bairro. O metrô voltou a funcionar. Visitamos o Coliseu de manhã (foto). Almoçamos pizza, bebendo Aperol, Coca e Vinho e pedimos tiramissu de sobremesa. De tarde visitamos o Fórum Romano. Tomamos sorvete, depois bebericamos em Monti, no bar de um hotel, ao pôr do sol, e em um bar de vinho muito bom. Voltamos ao hotel para jantar às 19h30 (se não reservar não encontra onde comer): massas e mais vinho.

  • QUARTO DIA, terça-feira (Adeus Roma): Café da manhã em outra cafeteria do bairro. Fomos de metrô para o centro e deixamos as malas num locker. Visitamos o Panteon, que surpreende por ser pequeno quando tudo mais é grandioso e pelo ótimo estado de conservação. Vimos a bela Galeria Alberto Sordi, que remete ao cinema italiano. Almoçamos paninos no Pan e Salame e andamos até a Piazza Colonna, em ruas de lojas de griffe. Bebericamos em um bar, observando filas enormes de adolescentes e idosos na gelateria vizinha. Resgatamos as malas, comemos pizza al taglio, e fomos pegar o metrô. Sufoco pra entrar e pra sair, fomos separados pela multidão: minha filha e genro, que estavam com as malas, não conseguiram embarcar e nos encontramos três paradas depois. Finalmente chegamos na estação central, onde pegamos o trem Leonardo Express para o aeroporto. Nosso voo saiu às 21h35 e era quase meia noite quando chegamos em casa, em Valência.

Passeio às margens do Rio Tibre Dentro do Coliseu, tendo ao fundo parte da arena coberta

De 6 a 10 de outubro

  • Minha filha cortou meu cabelo (foto). Ela é muito habilidosa e seguiu tutoriais do YouTube para corte de cabelo curto que precisa de volume, que é meu caso. Amei.
  • Semana de preparação para ir a Roma: corte de cabelo, fazer as unhas, depilação, organizar roupas e documentos. Minha filha reservou a hospedagem e fez um roteiro de passeios e restaurantes. Serão quatro dias pra curtir a cultura romana e comer massas maravilhosas.
  • Pesquisei receitas para decidir como preparar repolho. As opções são muitas: cru em saladas, refogado, cozinhado, no forno etc. Estou cada dia mais aficcionada aos experimentos culinários.
  • Pedi a amigos escritores uma “opinião abalizada” sobre a qualidade da minha produção poética. Ainda não recebi resposta, mas já consultei vários prêmios latino-americanos de poesia , pensando em concorrer. Quem não arrisca não petisca, diz a sabedoria popular.
  • Nasceu minha sobrinha-neta, Maria, no Recife, às 14h da quinta-feira, dia 9. Chegou saudável e linda, deixando todo mundo feliz.
  • Chuva em Valência o dia todo. Vamos para o aeroporto às 3 da madrugada, com 16 graus de frio, mas a previsão é de tempo bom quando chegarmos a Roma.
  • Minha filha e meu genro levaram os cachorros para um canil na montanha, onde eles sempre ficam quando viajamos de férias. No verão é ótimo, mas desta vez eles vão passar muito frio. Fico morrendo de pena, mas não tinha outra solução.
  • Decidi antecipar a publicação das minhas notas semanais, porque não vou levar o laptop para Roma. Publico hoje e na volta da viagem, que será de 11 a 15, farei um post especial sobre nosso fim de semana romano. Arrivederci. Minha filha cortou meu cabelo. Gostei.

Todo mundo gostaria de ter a oportunidade de recomeçar a vida, corrigindo os erros. O arrependimento pelo que se fez, ou deixou de fazer, uma das causas mais comuns de infelicidade, e a vontade de encontrar uma nova forma de vida, é o tema do livro do autor britânico Matt Hagg, “The midnight library”, que li no kindle na versão espanhola, “La biblioteca de la medianoche”.

Vencedor do prêmio Goodreads Choise Award 2020, como melhor obra de ficção contemporânea, o livro combina fantasia e filosofia para contar a história de Nora, mulher depressiva, atormentada pelo arrependimento de nunca ter enfrentado as possibilidades que a vida lhe apresentou. Em coma após tentar o suicídio, enquanto permanece no limbo entre a vida e a morte Nora tem a chance de vivenciar todas os caminhos que deixou de seguir por não se sentir merecedora da felicidade.

Inicialmente o livro parece ter uma conotação ligada à doutrina espírita, mas logo se percebe que a filosofia existencialista é seu fundamento principal. Cada nova vida compõe um livro que a personagem encontra em uma biblioteca. Ao experimentá-las, ela percebe que deseja viver e passa a buscar a melhor forma de enfrentar os problemas com coragem. O próprio autor sofria de depressão e ansiedade, então de certa forma ele se coloca na obra, que incentiva as pessoas a refletir sobre o sentido da vida, a importância das decisões e da busca de novas oportunidades. O livro foi apresentado em capítulos na Rádio BBC e traduzido para vários idiomas. Recomendo. Capa do livro La biblioteca de la medianoche